De pé à escrivaninha Vejo pela janela no jardim um sabugueiro E reconheço nele coisas vermelhas e pretas E lembro-me de repente do sabugueiro Da minha infância em Augsburgo. Vários minutos fico a pensar Muito a sério, se irei ou não à mesa Buscar os óculos pra ver outra vez As bagas pretas nos raminhos vermelhos. Bertold Brecht, traduzido por Paulo Quintela.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral