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Sem corrimão

Há ainda o outro aspecto para o qual Draenos chamou a atenção... «pensamento sem fundamento» . Tenho uma metáfora que não é assim tão cruel, e que nunca publiquei, tendo-a guardado para mim. Chamo-lhe pensar sem corrimão. Em alemão, « Denken ohne Geländer ». Ou seja, à medida que subimos ou descemos umas escadas podemos sempre agarrar-nos ao corrimão para não cairmos. Mas nós perdemos esse corrimão. É assim que eu vejo a coisa. E é isso, com efeito, o que tento fazer. Da Conferência de Hannah Arendt na Universidade York, de Toronto, em novembro de 1972. Publicado como epígrafe em « Pensar sem Corrimão (Uma Antologia)». Tradução de João Moita. Relógio d’Água, setembro de 2019.

A escada

24 juin   Variations Goldberg … Après ça, il faut tirer l’échelle.  Emil Cioran, Cadernos 1957-1972  A expressão francesa significa que se atingiu o máximo, não se consegue fazer melhor. Podemos meter o dicionário no bolso e ir por aí com segurança: «… Depois disto, não se fará melhor». Ou então, realçar uma certa renúncia que está implícita (e é bem cara a Cioran) e contrapor, com alguma malícia, uma expressão do tipo: «… Depois disto, mais vale arrumar as botas».  Mas, na verdade, continuo a pensar na escada e também (e acima de tudo) no gesto de a deitar fora  ( com extrema secura ): «... Depois disto, deitar fora a escada».

Episode 12B (philosophical version)

How to recognise different types of philosophical metaphors from quite a long way away. NO. 1 THE LADDER

Wittgenstein's Ladder

"My propositions serve as elucidations in the following way:  anyone who understands them eventually recognizes them as nonsensical, when he has used them — as steps — to climb up beyond them. (He must, so to speak, throw away the ladder after he has climbed up it.)" — Ludwig Wittgenstein, Tractatus 1. The first time I met Wittgenstein, I was late. "The traffic was murder," I explained. He spent the next forty-five minutes analyzing this sentence. Then he was silent. I wondered why he had chosen a water tower for our meeting. I also wondered how I would leave, since the ladder I had used to climb up here had fallen to the ground. 2. Wittgenstein served as a machine-gunner in the Austrian Army in World War I. Before the war he studied logic in Cambridge with Bertrand Russell. Having inherited his father's fortune (iron and steel), he gave away his money, not to the poor, whom it would corrupt, but to relations so rich it would not thus affe