Na primeira nota, para explicar que se trata de um texto autobiográfico, o tradutor refere que Lichtenberg era corcunda. Isso acontece na página 9. Porém, conforme vou lendo os aforismos , a corcunda do autor vai diminuindo. Quando chegar ao fim, aposto que desaparecerá por completo — como nos contos infantis. ••••••• Podia passar o dia a publicar estas ferroadas de Lichtenberg, a pretexto disto e daquilo, com dedicatórias ou sem motivo nenhum, por puro divertimento, por exemplo: Um selvagem canadiano a quem se mostraram todas as maravilhas de Paris foi, em seguida, interrogado sobre aquilo de que mais gostara. As montras das salsicharias, respondeu ele.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral