«É o nevoeiro no Tejo que tem feito um navio buzinar toda a noite.» Leio este título no jornal. Fecho os olhos, ei-lo: o vago vulto de um navio, preso no nevoeiro, a trezentos quilómetros de distância, lamentando a sua fraca sorte de fantasma, uivando no fundo do meu ouvido.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral