Vi ontem, na televisão, As Noites Brancas do Carteiro , de Andrei Konchalovsky. É um filme belíssimo. Alguns críticos referem o «simbolismo do título», que evoca Noites Brancas , de Dostoiévski. É possível. Para mim, no entanto, é mais óbvio o fantasma de Bulgákov. Há um gato preto que aparece recorrentemente, em visões, ao carteiro. Que outro gato poderá ser senão Behemoth?
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral