Ontem à noite fomos a Coimbra ver a Companhia de Latão, de São Paulo. Depois do espectáculo, ficámos mais um pouco para assistir à conversa com os actores e o encenador. Quando tudo terminou, e enquanto ainda estávamos dentro da sala, muito filosoficamente distraídos com os amigos, vi os próprios actores e o encenador desmontarem o cenário e arrumarem os adereços. Gestos simples, precisos e experientes de mil anos. Minutos antes, tínhamos estado a falar sobre poder, dinheiro e exploração do trabalho. Voltámos para casa. Dormimos tranquilos. A consciência limpa como um lençol branco e cómodo.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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JP