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Dos jornais III

Não é preciso artes de bruxaria para ver o futuro; as notícias que vou lendo das catástrofes provocadas pelas alterações do clima na Grécia são o nosso futuro. As imagens parecem saídas dos filmes bíblicos dos estúdios de Hollywood — já sabemos como é que a história acaba.

Fogo lento

A admirável poetisa norte-americana Adrienne Rich salientou numa conferência sobre poesia que, «este ano, um relatório da Agência de Estatísticas da Just indica que um em cada 136 habitantes dos Estados Unidos se encontra atrás das grades —muitos em prisões, inculpados». Nessa mesma conferência, citou o poeta grego Yannis Ritsos: Lá fora, a última andorinha demorou-se até mais tarde, suspensa no ar como uma fita preta na manga do Outono, e nada mais ficou. Só as casas queimadas, ardendo ainda em fogo lento. Entretanto , de John Berger. Tradução de Júlio Henriques. Antígona. Outubro 2018.

A Grécia de que falas

Bastava o nome Manuel Resende ou, se quisesse somar qualidades, o trabalho meticuloso do Rui Manuel Amaral e da Tatiana Faia, a intrepidez editorial da Língua Morta. Mas não foi nada disso, o amor também tem minudências: abri o livro à sorte, encontrei a palavra “ganapos” na página 149 e caí na armadilha de uma relação inevitável.