«Leyla Perrone-Moisés, em um estudo intitulado Balzac e as flores da escrivaninha (...) demonstra que uma descrição nem sempre é uma temática vazia; ao contrário, (...) as «páginas descritivas não representam uma parada da narração; elas contam coisas, as coisas que são censuradas nas páginas narrativas». Por isso as descrições balzaquianas são entendidas como metáforas – vegetais – de caráter claramente sexual. Os desejos sexuais do jovem Felix de Vandenesse pela Madame de Mortsauf [em O Lírio do Vale ] são metaforizados nos buquês de flores que ele oferece a ela.» Marisa Martins Gama-Khalil, Lar Amargo Lar.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral