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Antes das larvas terem morrido de tédio

O tio vivia numa ruela estreita junto a um convento. Ocupava um quarto amplo num rés-do-chão. ("Prefiro o rés-do-chão, meu caro senhor", costumava ele dizer, "a todas essas ideias modernistas de andares elevados e quejandos"). O seu quarto estava completamente cheio de livros velhos, grossos volumes ocupando estantes meio carcomidas pelo caruncho antes das larvas terem morrido de tédio.

Slawomir Mrozek, O Elefante. Tradução de Yolanda Artiaga.

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