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A poesia é quem cria o leitor

Há sempre uma violência contida no gesto de antologizar. Porém, tal violência se torna necessária quando há a necessidade de responder a uma exigência, qual seja: não há, a priori, um leitor de poesia: a poesia é quem cria o leitor. O gesto da antologia é muito semelhante ao da tradução: antologizar não seria uma forma de traduzir?

Aqui.

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