- Ouvi, certa vez, falar de um homem - disse ele - que se tinha erguido no céu num balão para fazer observações; um homem de grande encanto pessoal mas com queda para a leitura de livros. Foram-lhe dando corda, até ter desaparecido por completo de todas as vistas, com ou sem telescópio, e depois deram-lhe mais dezasseis quilómetros de corda para terem a certeza de que as suas observações eram de grande categoria. Quando o limite de tempo para as observações terminou, voltaram a puxar o balão, mas eis que não existia homem algum no saco e o seu cadáver nunca foi encontrado, jazendo vivo ou morto em qualquer freguesia.
(...)
- Mas tiveram a inteligência de voltar a enviar o balão, passados quinze dias, e, quando o puxaram de novo, eis que o homem estava sentado dentro do cesto, sem um fio de cabelo fora do lugar, se é que posso acreditar nas minhas informações.
Flann O'Brien, O terceiro polícia. Tradução de Rita Carvalho e Guerra.
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- Mas tiveram a inteligência de voltar a enviar o balão, passados quinze dias, e, quando o puxaram de novo, eis que o homem estava sentado dentro do cesto, sem um fio de cabelo fora do lugar, se é que posso acreditar nas minhas informações.
Flann O'Brien, O terceiro polícia. Tradução de Rita Carvalho e Guerra.
Comentários
Era óptima matéria para fazer livros.