Milhões e milhões de euros, dólares, cuanzas. Mansões nos quatro cantos do mundo, iates, automóveis de luxo. Para a esmagadora maioria, tudo isto tem o mesmo peso de uma folha de jornal, lida de manhã cedo no metro, a caminho do trabalho. É tão concreto como uma história de fadas ou um policial, ou um episódio da novela da noite. Estamos fora desta escala, tal como os nossos pais e avós também estiveram. Não entendemos, apenas imaginamos entender.
Por estes dias, não me sai da cabeça aquele longo plano de um dos grandes filmes de Dvortsevoy: o grupo de velhos a empurrar um vagão de comboio, durante horas, no meio da neve. E no interior do vagão, uma curta fornada de pão. Insuficiente para alimentar todos os habitantes da aldeia.
Por estes dias, não me sai da cabeça aquele longo plano de um dos grandes filmes de Dvortsevoy: o grupo de velhos a empurrar um vagão de comboio, durante horas, no meio da neve. E no interior do vagão, uma curta fornada de pão. Insuficiente para alimentar todos os habitantes da aldeia.
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~CC~