Phoenix mostra o que é um filme, como se faz um filme.
Para além da transformação de Nelly, Christian Petzold também conta uma história do cinema.
Os gestos são muito subtis, quase um movimento inconsciente, o oposto de Godard.
Vi o filme pela primeira vez esta semana na rtp 2. Ontem voltei a vê-lo à noite. O que me impressiona mais é que parece uma história simples — difícil, mas narrada sem complicações. Passados uns minutos, percebemos que não é nada disso, ou pelo menos não é apenas isso.
Para além de uma definição literal de melodrama, para além da história de Nelly, para além da história da Alemanha, começamos a ver um pensamento.
Às vezes um certo ângulo da luz mostra-nos o pó em suspensão no ar. Ou a distracção que é necessária para se poder ver as três dimensões de um estereograma. Foi mais ou menos desse jeito que vi o filme. A teoria (do cinema, por exemplo, ou do anjo da história de Benjamin) está toda em “Phoenix”, mas estilhaçada.
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Para além de uma definição literal de melodrama, para além da história de Nelly, para além da história da Alemanha, começamos a ver um pensamento.
Às vezes um certo ângulo da luz mostra-nos o pó em suspensão no ar. Ou a distracção que é necessária para se poder ver as três dimensões de um estereograma. Foi mais ou menos desse jeito que vi o filme. A teoria (do cinema, por exemplo, ou do anjo da história de Benjamin) está toda em “Phoenix”, mas estilhaçada.
O Petzold conseguiu uma coisa muito difícil. :)