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Observações avulsas sobre o bonfim #22

No patamar do quinto andar, junto às portas, sobre os capachos: um par de sapatilhas do lado direito (minhas), um par de sapatilhas do lado esquerdo (do Puria). Às vezes as afinidades culturais têm quilómetros entre si. Foi o cinema (e não a literatura, é curioso) que me ensinou isso.

Comentários

alexandra g. disse…
É sempre o cinema, querida c. :*
Sempre será, por razões :)
c disse…
Eheheh, não estou nada certa desse “sempre” e menos ainda das “razões”, alexandra.

Duvido cada vez mais do cinema, bom, na verdade duvido cada vez mais de tudo. Sou (como num filme de Rohmer?) ma mulher duvidosa :)
alexandra g. disse…
O cinema, por sempre ter visto na tela/pequeno écran nada mais do que sai de tudo o resto: como se foram fragmentos, mesmo com um guião dito "perfeito" (e sabemos que a perfeição não é cousa recomendável, crível, menos ainda :)

A literatura cansa, exige quase sempre, sem retorno: se a ausência de cansaço existir, está por nossa exclusiva conta (não leio críticas, deixo o juízo - ou falta dele, no cinema/literatura/na vida, o que é óptimo - por minha conta).

Vou, cada vez mais, na direcção do mar e das coisas da terra. As coisas das mãos, do corpo inteiro, sem sofás. A ver quando conseguirei...

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(as "razões" eram, como são, cousa do berço das emoções; não te saberei dizer se sempre assim foi, comigo, mas são-no, agora, cada vez mais)