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Noite de Talamanca


(...) O misticismo e o «desengano» constituem também o leitmotiv do Caderno de Talamanca, assim como a paixão pela música. 
Este Caderno foi escrito durante o verão de 1966 em Talamanca, uma povoação situada na ilha de Ibiza. É o testemunho de uma crise, uma crise de tal intensidade, que nos Cadernos posteriores será referida como Noite de Talamanca

Verena von der Heyden‑Rynsch, prefácio a Caderno de Talamanca.



Comentários

c disse…
Disponível durante uma semana:

https://we.tl/t-UJ2DpcSxAM
Sergio disse…
Agradecido pela amabilidade.
atalhos disse…
Cadernos de Formentera seria inesperado.
Tenho uma ideia romântica de Cioran: Bach,
noite, suicídio adiado, águas-furtadas, budismo.
Um sedutor. Fico indecisa: Talamanca ou Formentera?
c disse…
Talamanca, há cinquenta e tal anos, sozinho e à noite.

Definir Cioran não é nada fácil porque ele escapa sempre à direcção dos adjectivos. Por exemplo, só podemos colar-lhe a etiqueta “budismo” se juntarmos outra contrária. Um homem das águas-furtadas é um bom princípio. Se acrescentarmos “e do jardim de Luxemburgo” — ainda melhor.

Quanto ao suicídio também é preciso muito cuidado. Para Cioran, o suicídio não é bem um acto adiado, é apenas uma possibilidade que não precisa de se concretizar. Saber que se pode matar permite que se mantenha vivo. Assim, o suicídio funciona quase como uma garantia de vida.
atalhos disse…
Como diz a Amália no Medo: gostava até de matar-me.
c disse…
É isso mesmo!

Não se pode estudar Cioran sem ouvir (ou ler) fados. :D