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Oh — a poesia!

Exercício prático n° 1: defender a poesia de uma forma oposta; quer dizer, livrá-la dos seus protectores, deixar que escape aos afagos que entorpecem, que fuja pela janela ou pelas traseiras. Para onde quiser ir — até mesmo para o raio que a parta.

Comentários

atalhos disse…
De acordo! O padre Joãozinho* ajudaria ao crime, empurrando-a pelas escadas abaixo, facultando-lhe, habilidosamente, um daqueles frasquinhos cheios de soporífero que trazia nos bolsos, quiçá sufocando-a por baixo da sotaina, fazendo-a passar por um breviário em decomposição.

Acabei ontem de ler O Outono em Pequim. Livro fantástico. Obrigada.
c disse…
Tinha pr’aí vinte anos quando li os livros de Boris Vian (o meu Arranca-corações também é o das folhas azuis).

Um dia destes vou ter que os reler. A tradução d’ O Outono é da Luísa Neto Jorge :)
atalhos disse…
Uma tradução impecável, fluida. Apenas de notar que, a certa altura, traduz “catgut” - fio de sutura em colagénio -, como “tripa de gato”, o que é comum e desculpável, e não tem interesse para a história. Um livro hilariante e também dramático (real e surreal*, como Pedro o louco, ou melhor, Ferdinand, que resolvi rever hoje, em homenagem a Godard).