Reparei que tinha nascido um tomateiro no jardim. Arranquei-o mas logo me nasceu um remorso, que me fez transplantá-lo num local que achei mais apropriado. Cresceu torto, fraquinho, mas já deu um tomate. Entretanto emergiram, entre roseiras cravinas e verbenas, outros quatro tomateiros. Deixei-os ficar. Estão altos e fortes. Dão uma flor tímida e desbotada que não tem graça nenhuma. Em contrapartida essa florzinha, sempre a olhar para o chão, transforma-se em tomate. Agora tenho, pelo menos, oito tomates. Devo ser a mulher com menos tomates que já conheci.
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