Novembro de 1962. O crítico de teatro Carlos Porto, a propósito da encenação de As Bruxas de Salém, no Teatro Nacional D. Maria II, queixa-se do público: «Rir quando num palco se vivem momentos de tragédia, não é digno do público de uma capital.»
Nenhuma destas palavras envelheceu um segundo. O riso nas plateias continua a pontuar as cenas mais trágicas. E o público da capital continua a ser, sem sombra de dúvida, o mais sofisticado do país. Imagine-se a escandalosa onda de gargalhadas que As Bruxas de Salém não desencadeariam num teatro de província. Seja como for, quase não há teatros na província.
Nenhuma destas palavras envelheceu um segundo. O riso nas plateias continua a pontuar as cenas mais trágicas. E o público da capital continua a ser, sem sombra de dúvida, o mais sofisticado do país. Imagine-se a escandalosa onda de gargalhadas que As Bruxas de Salém não desencadeariam num teatro de província. Seja como for, quase não há teatros na província.
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