Nunca deixo de me espantar com a capacidade de Jean-Luc Godard pensar o cinema por dentro. Em 1981, aproveitou uma passagem pelos estúdios Zoetrope para filmar Une bonne à tout faire. À primeira vista parece uma espécie de ensaio de Passion.
Mas com Godard as coisas nunca são o que parecem, e passado algum tempo ocorreu-me que também podia ser um aforismo cinematográfico, o cinema a dizer mais uma vez a frase do carteirista: Pour aller jusqu'à toi, quel drôle de chemin il m'a fallu prendre. Mas, a quem?
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Mas logo em seguida seria obrigado a acrescentar: ao imaginário. Não?
Mas é, de toda forma, o mesmo caminho