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Morrer no Verão, nunca!

Esta manhã, fui à Vandoma e comprei um Mishima que ainda não tinha: Morte em pleno Verão. O livro parece ter pertencido a dois leitores ou leitoras antes de mim. Na folha de rosto, e numa espécie de comentário ao título, o primeiro escreveu: «Que a dita [morte] seja só no Verão e depois da minha. Natal 88.» Mais tarde, o segundo acrescentou: «No Verão nunca! Talvez no Outono, mas com chuva e no ano de 2500 d.C.»



Comentários

c disse…
O primeiro é um homem que oferece um livro (chama-se Luís?)

O segundo é uma mulher que recebe o livro (chama-se Lena?)

Luis Eme disse…
Embora faça sentido, a "comunicação", pode ter sido uma resposta da segunda dona, apenas porque sim.

E parece-me mais Lopes (pode ser o "escritor pós-moderno" de outro Luís) que Luís. :)
Ahahahahah. Maravilha.
A hipótese do Luís também é boa.

O Manuel Resende contou-me uma vez que escrevia nos livros que comprava dedicatórias falsas dos autores para ele: "Para o Manuel Resende do William Blake com um forte abraço..." Também tinha dedicatórias do Rabelais, Shakespeare, Cervantes e por aí fora. O Resende era um leitor pós-moderno.
c disse…
Pois, o Luís que imaginei é um tipo esquisito que não escreve lá muito bem (que a dita?) e só gosta de consoantes, mas Lopes?

Achas possível X oferecer um livro a Y desejando que ela não morra antes dele e assinar Lopes? :D

O Resende é que sabia fazer bem a coisa.