A exposição dedicada ao trabalho de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub parece uma actividade cultural de centro comercial. Puseram umas folhas verdes nos projectores de luz e todo o espaço ficou verde como uma alface. Não é assim que a terra deve brilhar — isto deixa ficar mal até o louco do Hölderlin.
Há uns ecrãs espalhados pelas paredes verdes onde se podem ver excertos de alguns filmes da retrospectiva (nem sempre com legendas em português que, diga-se, não são grande coisa).
E mais nada, nenhuma ligação aos escritores que eles leram e aos textos que
filmaram. Nenhuma ligação aos cineastas e filmes que os marcaram e com os quais se relacionam. Nenhuma ligação às pessoas que filmavam com eles.
Nem encontros, nem diálogos, só aquela cor verde que alastra. Esta exposição podia chamar-se — Alors, un petit supplement?
Comentários
as minhas suspeitas confirmaram-se...
https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiLNLE1G-gmk3NxIRb1Xyun7jyu_2Yyo4o6Vnrxp_kuyWNNV-sMCJJrBy35VFh-wTnr7cml20318s2iwXhzNg7bIzVvngFUprCVjV3aJDV1p4PyEvkwzqU-SZ4DDvLLHRqk7R1zj93pLCiTYlDJUwf563rgkNlwj4KLidVpjL9IZM1Q3zJgmBa-
Andy, vens ao Porto apresentar «onde vamos morar?»
Infelizmente não. Mas organizei as sessões para speak for themselves, "sans debats", no espírito do velho Henri, ou como disse Haile Gerima, "you don't talk a film, you show a film", ou, recordando Brecht, "The proof of the pudding is in the eating."
abraços
No dia 18 vou à sessão de O Sangue (no Nimas). Se puderes passa por lá, gostava de te ver. Beijo.
Sim, encontramo-nos no dia 18. I'll be much obliged for a reunion!