«A revolução estava morta e a reacção fincava as suas garras de abutre nos campos devastados e nas almas desiludidas. Os espíritos cultos que não encontraram amparo na fé, caíram no pessimismo. É essa imagem sombria do mundo e da vida que se projecta nas obras de Byron, de Heine, de Lermontov, de Pushkin, de Leopardi, de Musset, de Schubert, de Schumann, de Chopin e principalmente na de Schopenhauer.»
(Lobo Vilela, Notícia acerca de Schopenhauer, 1939.)
(Lobo Vilela, Notícia acerca de Schopenhauer, 1939.)
Resumindo, em épocas em que grassa o reaccionarismo, como esta que vivemos, carregada de cores sombrias, os «espíritos cultos» têm duas possibilidades: ou se entregam ao pessimismo ou entram para um convento.
Comentários
Ora vê o que dizem os espíritos cultos sobre os mosteiros:
«Por um lado, a vida nos conventos é considerada como um culto à santidade, onde as religiosas dedicam o seu tempo inteiramente à oração, sem qualquer contributo aparentemente útil para a sociedade, da qual se afastaram para evitar as tentações e os perigos da vida secular. Por outro lado, desde uma perspetiva menos virtuosa e algo mórbida, os conventos de clausura são vistos como lugares de devassidão e libertinagem, onde as religiosas vivem mais próximas da imoralidade do que da castidade.»
Fonte: https://revistas.ucp.pt/index.php/lusitaniasacra/article/download/15958/15469/ (onde se fala de «freiras abrasadas», vinho e tabaco)
Seriam antes questões pessoais,de si para si.
Nas trevas e no desterro se procura a luz e a Terra Prometida.
No convento só vivendo a sua vidinha e preparando a saída.
Nem reacção que sempre dure nem revolução que não deixe rasto.
Alimentam-se uma a outra`.
Tecemos e destecemos os fios do Tempo na história que nos coube.