Os jornalistas teimam em alterar o sentido destas eleições, referem-se sempre à escolha do primeiro-ministro e do governo, mas eu nunca voto no primeiro-ministro nem no governo, voto para eleger quem me represente na Assembleia da República. E só lamento que tanta gente que precisa de quem lute pelos seus direitos encolha os ombros e diga que não liga à política. — Não é a política a forma de lidarmos uns com os outros?
Outra coisa que me chateia é a pergunta que se tornou lugar comum: a quem é que comprávamos um carro em segunda mão? Nem quero saber do carro, nem tudo se resume a uma relação de compra e venda. Sei bem é com quem partilhava a mesa e com quem nem um café tomava.
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