Todo o dia ruminei sobre um pequeno detalhe extraordinário. Quando Pascal fala do homem, diz: que caos, que contradições, etc. O homem, que novidade! Esta «novidade», que palavra admirável para definir o carácter anormal da aparição do homem, o imprevisto e o desconcertante de tal fenómeno. Com efeito, o homem é, na natureza, uma novidade, uma novidade desastrosa.
Emil Cioran, Cadernos 1957-1972.
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É com a matéria que nos é dispensada,dia a dia,que trabalhamos.Pedra e planta,Caim e Abel.
A novidade é desde então imanente "mas não durmas,vai procurando remédio por tuas mãos".