Creio que foi no último jantar na cantina do Centro de Negócios do Fundão, em conversa com a Carlota e o Rodrigo, queixei-me um bocado do lado sorumbático do cinema e disse que precisávamos de mais tipos como Jean Renoir — com um olhar amplo e alegria luminosa.
Agora que comecei a ler La Família del Cine, dou-me conta que Paulino é um desses homens. Apesar de ter sido obrigado a desistir de filmar por falta de apoios, encontrou um desvio e exerce, desde os anos oitenta, a sua actividade cinematográfica no ensino e na crítica sem rancores e com uma inteligência imensa e bem humorada. Para além de contemporâneo de Griffith, Paulino Viota é um irmão de Jean Renoir.
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