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O que era?

O truque é óbvio. Já foi usado mil vezes por mil autores diferentes. Mas é sempre espantoso:

«É com grande relutância - confesso - que me disponho a contar o que se segue. Os acontecimentos que pretendo relatar desenvolvidamente são tão extraordinários que não deixo de esperar a mais completa incredulidade e o desdém geral. Aceito desde já ambas as coisas. Creio ter a coragem literária suficiente para aceitar o cepticismo. Após madura reflexão, decidi narrar, com toda a simplicidade e com toda a honestidade de que sou capaz, certos factos que me foi dado observar no passado mês de Julho e que não têm equivalente nas crónicas dos mistérios das ciências físicas.»
Fitz James O’Brien, O que era? Tradução de Manuel João Gomes.

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