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Um livro perfeito

Abandonei O Meu Corpo e Eu, de René Crevel, ao fim de trinta e sete páginas. As frases pareciam-me aforismos («Solidão, a mais bela das festas»), as palavras, flores de estufa. Nenhum tropeção, nenhum solavanco. Neste momento, um livro tão perfeito é-me insuportável.

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