Para que exista uma verdadeira segurança no nosso comportamento e na forma como sentimos o mundo, é preciso que exista sempre um tudo-nada de oscilação, de flexibilidade. O chão debaixo dos nossos pés pode e deve oscilar e, para podermos manter o nosso rumo em direcção à perfeição, precisamos de ter continuamente a percepção de que não nos dominamos ainda perfeitamente e de que, porventura, a nossa evolução não está ainda completa.
O Salteador, de Robert Walser. Trad. de Leopoldina Almeida. Relógio d’Água. Janeiro de 2003.
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