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Olha! - disse Bouvard

Por fim, interrogaram-se sobre se haveria homens nas estrelas. Porque não? E como a criação é harmónica, os habitantes de Sirius haviam de ser desmesurados, os de Marte de tamanho médio, os de Vénus muito pequenos. A não ser que seja tudo igual em toda a parte... Existem lá em cima comerciantes e guardas, lá se negoceia, lá se batem uns contra os outros, lá se destronam reis!...
Algumas estrelas cadentes escorregaram de repente, descrevendo no céu como que a parábola de um monstruoso foguete.
- Olha! - disse Bouvard - ali vão mundos que desaparecem.

Gustave Flaubert, Bouvard e Pécuchet. Tradução de Pedro Tamen.

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