Quando ainda estava em Londres, fui surpreendentemente nomeado vogal, em representação do Primeiro Ministro, da Comissão da Língua portuguesa ou lá como se chamava, sendo chamado a pronunciar-me sobre o Acordo. Votei contra e dei as minhas razões, tendo o cuidado de não medir as palavras… Tenho escrito frontalmente contra o acordo e assinado todas as petições contra o dito. O problema é a profunda iliteracia e cobardia dos deputados que insistem em implementar este aborto, devido ao lobby forte dos editores oportunistas que se apressaram a fabricar manuais e dicionários, seguindo o (des)acordo, contra o que tudo recomendava. Agora choram por causa do 'prejuízo' que traria a abolição de obsceno COISO (que a inefável Edite Estrela defende com argumentos de sopeira, sem desprimor para as sopeiras, que já não há…) Este acordo, filho espúrio do Malaca Casteleiro, meu colega da Academia e um dos homens mais burros e obstinados, que há debaixo da Via Láctea (burro e gago: a tempestade perfeita!) é das coisas mais infames que este nosso Parlamento tem votado. Ficará na História, como uma das maiores nódoas produzidas depois do 25 de Abril.Pode divulgar estas palavras junto de quem entender.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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De qualquer maneira, registo o seu conselho para "pensar melhor antes de publicar coisas forjadas" no meu blogue. Mas, na verdade, estou-me nas tintas para os seus conselhos.