Marie quer levar-me a passear. (...) Vem buscar-me ao fundo da horta, sob a árvore onde instalei uma mesinha, uma cadeira, os meus cadernos. Estou a escrever, a escrever, a escrever. Escrevi toda a minha vida, nunca soube fazer outra coisa. Marie impacienta-se:
- Nunca mais acabarás esse trabalho, essas escritas?
- Não, Marie, não acabarei.
- Se eu fosse a ti, trabalharia um dia inteiro, de manhã à noite... ou mesmo três dias a fio... e depois não faria mais nada!
Eugène Ionesco, Páginas de Diário. Tradução de Carlos Cunha.
Sábado, 5 de Novembro, pelas 17h00, no Gato Vadio.
- Nunca mais acabarás esse trabalho, essas escritas?
- Não, Marie, não acabarei.
- Se eu fosse a ti, trabalharia um dia inteiro, de manhã à noite... ou mesmo três dias a fio... e depois não faria mais nada!
Eugène Ionesco, Páginas de Diário. Tradução de Carlos Cunha.
Sábado, 5 de Novembro, pelas 17h00, no Gato Vadio.
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