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Uma cena tipo Stephen King

Não são apenas os erros, quando leio o que escrevi nem sempre reconheço o sentido original, noto desvios — às vezes não percebo nada.

Deve ser por isso que escrevemos, para encontrar essa sensação esquisita de chegar a um território desconhecido, para perder a estabilidade.

Mas há mais: indiferente à nossa vontade, a língua movimenta-se como uma coisa viva — uma serpente.

A escrita contendo em si um arrepio de medo e exaltação.

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