O meu telefone morreu durante a noite. Ontem de manhã, quando lhe peguei, estava frio como vidro. Tinha 10 anos. Uma eternidade para o tempo médio de vida de um telefone. Morreu assim, sem considerações, como lhe era necessário.
Encomendei, a custo, um novo. 85 euros. 83,39 euros, para ser exacto. O meu irmão não acredita que um telefone possa custar apenas 85 euros. Pergunta-me se tenho a certeza de não ter encomendado apenas uma capa para o telefone em vez do aparelho.
Também na vida secreta dos telefones, o mundo divide-se entre ricos, pobres e remediados. Aos pobres resta o trabalho simples, eficaz, sem brilho. Até ao último dia. Mas o que se passará no escuro, por trás do ecrã? Que sonho, que grãozinho de magnificência ou de revolta ocultam dentro de si?
Encomendei, a custo, um novo. 85 euros. 83,39 euros, para ser exacto. O meu irmão não acredita que um telefone possa custar apenas 85 euros. Pergunta-me se tenho a certeza de não ter encomendado apenas uma capa para o telefone em vez do aparelho.
Também na vida secreta dos telefones, o mundo divide-se entre ricos, pobres e remediados. Aos pobres resta o trabalho simples, eficaz, sem brilho. Até ao último dia. Mas o que se passará no escuro, por trás do ecrã? Que sonho, que grãozinho de magnificência ou de revolta ocultam dentro de si?
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