Não existe nada mais artificial do que as comparações rebuscadas que se costumam empregar para descrever uma jovem. A boca... uma cereja... Os seios, como botões de rosa... Oh, se tudo se pudesse resolver comprando no mercado um cesto de flores e frutos! E quem se apaixonaria se uma boca tivesse realmente o gosto da cereja madura? Quem se deixaria tentar por um beijo que fosse tão doce quanto um rebuçado? Caluda! Basta! Mistério, tabu...
Witold Gombrowicz, Bakakai. Tradução de Rui Almeida Paiva.
Witold Gombrowicz, Bakakai. Tradução de Rui Almeida Paiva.
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