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Terra

Três dias na casa onde nasceu e cresceu o meu pai. Uma velha casa de camponeses pobres, enterrada no termo de um caminho estreito.

Nas cortes onde estavam os animais é agora a cozinha. E onde era a cozinha são hoje os quartos. De resto, tudo continua igual.

O meu pai parece nunca ter saído daqui. Sessenta anos fora: poeira e vento que passou a correr. A «aldeia», a «terra». Como um sinal na pele que se não consegue tirar.

Por mais que olhe para este mundo antigo, nunca terei olhos para o ver.

Comentários

maria disse…
maravilhoso, Rui