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Nome

Nas finanças, o funcionário dirige-se a mim usando um nome que não é o meu. Por lapso, mudou ligeiramente o apelido. Também acontece, por vezes, nas cartas e encomendas que recebo por correio. Já fui Amaro e Amora. Fico a pensar como será essa pessoa cujo nome é tão parecido com o meu, que tem a mesma morada, mas que só existe por engano na cabeça do funcionário. Será mesmo um engano?

Comentários

Raul Padilha disse…
Quando amputam ou deturpam o seu próprio nome é uma das formas de estranhar-se. Ser reconhecido pelo nome inusual é outra forma. Não sei você, Rui, mas quando me chamam, por exemplo, de Lucas (meu nome é Raul Lucas P. Costa), parecem invocar uma segunda personalidade ou algo do gênero: aí também pergunto se o primeiro nome expressa X, enquanto o segundo nome quer um Y totalmente oposto, "será engano?" (e, de certo maneira, muda-se o sentido da interrogativa e, ao mesmo tempo, nada se modifica.)