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Destorce, destorce.

Suprimir todos os desejos! — esse é o meu propósito, o meu desejo absoluto!

12 fevereiro 62
Sinto-me fora de tudo, do que chamamos tudo. Devem me ter lançado mau-olhado. Estou enfeitiçado. Apanharam-me. Mas quem me apanhou? 

Dias, semanas sem escrever uma palavra, sem comunicação com os outros nem comigo. Esta tarde observava as nuvens a passar, parecia que tocavam, que envolviam o meu cérebro. Precisava de sair disto, precisava de rezar...

Emil Cioran, Cadernos 1957-1972

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