O ar morno do início do Verão invadiu o quarto. O cheiro a ruas poeirentas, o cheiro particular do Tâmisa, um cheiro fresco a algo putrefacto e fermentado, misturava-se com um vago aroma a flores.
O último capítulo é tremendo. Passa-se no quarto de Bruno. É só ele e Diana. Falam um com o outro, pouco. Falam mais com os pensamentos e o passado. Choram (por distracção). Há uma cena de morte (mosca) e libertação (aranha). O roupão de Bruno, pendurado na porta como a chave de um enigma. Bruno está a morrer. Diana é uma mulher diferente.
No fim, as notas de tradução (gentileza de Vasco Gato) parecem o genérico de um filme, quando já toda a gente saiu da sala com pressa (de quê?) e ficamos sozinhos enquanto os nomes passam na tela escura; ouve-se uma canção e não conseguimos, ou não queremos, sair da história. Do sonho. (A realidade é demasiado difícil.)
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