Uma Cabeça Decepada é muito divertido, no sentido mais filosófico de diversão. Há sete personagens fechadas numa teia que vão trocando de posição: ora são moscas, ora são aranhas. Discutem os valores morais e com quem vão para a cama — sempre num inglês extremamente correcto. Convergem e divergem. Bebem muito. Podia ser uma peça de teatro ou até uma ópera. Em vez de batuta, Iris Murdoch usa uma espada de samurai (fica-lhe bem). Também dá para fazer muitos sublinhados; frases que podem ser gravadas na pedra e conceitos para guardar no bolso como o da cabeça decepada e o amor sem trajecto (os dois definidos por Honor Klein — que nome formidável! — na página 198). Foi uma semana de férias maravilhosa.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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Nota: gostei tanto da tua tradução :)