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O que se mostra e o que se esconde

Uma cena de Il Cristo Proibito, de Curzio Malaparte. O cenário é uma farmácia numa aldeia da Toscana, poucos anos após o fim da segunda guerra. Pendurado na parede da loja, à vista de todos, um retrato de Estaline. O velho farmacêutico lança-lhe um olhar de esguelha, meio indiferente. Depois, avança para uma sala interior, na zona privada da loja. Abre um armário. Na porta, escondido pelo lado de dentro, há um retrato de Mussolini. O farmacêutico ergue-se, solene, diante do retrato. Faz a saudação romana. Volta a fechar o armário.



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Coisas há que não mudam.