Em O Vestido Vermelho, de Stig Dagerman, um personagem descreve desta maneira o ramerrame de uma vida vazia, mole, pobre e mesquinha:
Que é que julgas que significa viver, para ele? Nada mais que levantar-se de manhã, ler um jornal, tomar uma chávena de café, ir para a oficina, consertar uma mesa, voltar para casa, jantar, dormitar, escutar a telefonia, ir ao W.C., contar uma história das porcas, de preferência, sair, ir ao cinema, ir para a cama ou para o café, ver um filme, despir uma mulher ou beber uma cerveja, voltar para casa, despir-se, ressonar, acordar, tomar uma chávena de café, ler um jornal e ir para o trabalho. O pior ainda não é supor que viver seja isto, o pior numa vida destas é ele sentir-se satisfeito.
O livro é de 1948. Hoje, parece a vida preenchida e sofisticada de um «intelectual» mais ou menos boémio, e que trabalha numa oficina para pagar as contas.
Que é que julgas que significa viver, para ele? Nada mais que levantar-se de manhã, ler um jornal, tomar uma chávena de café, ir para a oficina, consertar uma mesa, voltar para casa, jantar, dormitar, escutar a telefonia, ir ao W.C., contar uma história das porcas, de preferência, sair, ir ao cinema, ir para a cama ou para o café, ver um filme, despir uma mulher ou beber uma cerveja, voltar para casa, despir-se, ressonar, acordar, tomar uma chávena de café, ler um jornal e ir para o trabalho. O pior ainda não é supor que viver seja isto, o pior numa vida destas é ele sentir-se satisfeito.
O livro é de 1948. Hoje, parece a vida preenchida e sofisticada de um «intelectual» mais ou menos boémio, e que trabalha numa oficina para pagar as contas.
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