Esta noite sonhei com Cioran; foi a primeira vez que aconteceu. Procurava lugar na esplanada de um café ou restaurante (bistrot). A esplanada estava vazia, assim como as ruas. Só Cioran, ou Cioran só — talvez seja melhor assim. A esplanada tinha a forma de um triângulo escaleno, escolheu uma mesa no ângulo mais apertado, mas continuava de pé — à espera de quê? Ia falar com ele quando acordei. Poupei-me à banalidade de uma conversa espectacular dentro do sonho mas que se revela parva mal acordamos.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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