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Visita Paris, briga com o irmão e dança em um bordel

Sinopse do google do filme Van Gogh, de Maurice Pialat:

O filme aborda os acontecimentos cotidianos dos últimos meses da vida e da arte do pintor. Pouco antes de sua morte, Vincent Van Gogh visita Paris, briga com seu irmão Theo, menospreza sua própria arte e suas conquistas, e dança em um bordel.

Comentários

c disse…
Mon cher Maurice,

Votre film est étonnant, tout à fait étonnant ; bien au-delà de l'horizon cinématographique couvert jusqu'ici par notre misérable regard. Votre œil est un grand cœur qui envoie la caméra courir les filles, les garçons, les espaces, les temps et les couleurs comme d’enfantines bouffées de sang.

L’ensemble est prodigieux ; les détails des éclairs dans ce prodige ; on voit le grand ciel tomber et s’élever de cette pauvre et simple terre. Soyez remerciés, vous et les vôtres de cette réussite, chaude, incomparable, frémissante.

Cordialement à vous

Jean-Luc Godard
Boa noite disse…
étonnant...
E não há um pingo de psicologia...
só os acontecimentos cotidianos e no meio um mistério, que é o homem

No Vitalina Varela era a noite sem fim
Mas na vida vem sempre um dia depois de uma noite. E o cinema sendo a forma de arte mais próxima da vida, como ele poderia não mostrar esse dia, todos esses dias...

É isso que faz esse filme
Debaixo do sol, um mistério
c disse…
Em Vitalina Varela há algumas cenas filmadas com luz do dia. Perto do fim. Por serem tão raras, são ainda mais luminosas.
Boa noite disse…
de acordo.
Quando o vi pela primeira vez a escuridão me incomodou e cheguei ao ponto de tomá-la como afronta. E então vem aquela cena de Vitalina e o padre na terra - o que é que eles falam? já não lembro - uma noite sem fim? - vem essa cena e depois vem o dia, e então sentimos um alívio, não porque tudo esteja resolvido mas porque tudo continua (que alívio cruel!).

Mas falta ar. É um pesadelo enorme do qual só no fim despertamos? O mundo parece reproduzir o sofrimento, um estado emocional passa para a realidade e a modifica: funciona no romance, mas será que funciona no filme? O poder do cinema talvez seja capturar a indiferença da vida...