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Observações avulsas sobre matosinhos sul #58

Os três metrosideros que crescem no areal de Matosinhos (um encostado ao muro e os outros dois a cerca de cinquenta metros do início da praia, junto às esplanadas Lais de Guia e Titan) são dos melhores exemplos de sobrevivência que conheço. 

É o que o futuro nos reserva: aprender a viver no deserto.

Comentários

jose disse…
Na mourama. Não conheço.
Temos ali na varanda,a companheira mais eu,uma oliveirinha escassa,sobrevivendo
há quantos anos?
A vida é muito resistente.Milhões de anos,extinções.Dispersa em moléculas interestelares.
Também se me aproxima um deserto.Humano rarefazendo-se na virtualidade da poeira.Nem creio que enamorada.
Algo renascerá.
c disse…
Isso não depende do que queremos ou acreditamos, é uma coisa avassaladora e imanente, somos poeira enamorada e também um junco pensante. Mesmo quando não estamos para aí virados.
jose disse…
Quase força imanente.Embora eu de imanências...
Os materiais de construção andam dispersos pelo sistema solar e admite-se pelo universo.Conhecido;talvez pouco porque a vida extra-terrestre teima em aparecer.
O tal enamoramento adoça-me a vida mas o salto para a rocha dói.
Eu quero crer poéticamente mas não creio.
Ter alguma formação biológica e noção de evolucionismo sapa-me constantemente
a pouca cultura nas humanidades.Em Biologia ao enamoramento subjaz a replicação e todo o aparato que a isso conduz.Quase pinga-amor panteista eu busco nas Letras o entendimento da carne e sua alma. Ressoa-me a Pobre Ceifeira Cantando e no fim o Anónimo Sorriso gravado na ode.