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Não sou nem pensador, nem homem de acção (!), nem, nem, nem, nem tudo o que quiserem — sou um elegíaco do fim do mundo.

Cioran descarregava nos cadernos tudo o que lhe ia na alma. Não exactamente como filósofo. Aliás, Cioran não é um verdadeiro filósofo ou, melhor dizendo, não é um filósofo a sério: não respeita nem a disciplina nem os protocolos, está na filosofia a meio gás, sempre a cair noutros temas e também no chão. 

Sou um filósofo-uivador. As minhas ideias, se é que as há, uivam; não explicam nada, explodem. 

É apenas um homem solitário cheio de dúvidas, sofrimento e energia. Um homem que se atira às palavras como um guerreiro à procura de uma fórmula. Um pobre diabo. Um homem em constante movimento. Um homem encantador.

Comentários

Bom dia! disse…
“She is now his memory. She’s a good storyteller. He listens to her with a look of surprise as if the things she recounts did not happen to him but to someone else. He seems detached and estranged from his own past—the stranger he’s always wanted to be.” Ilinca Zarifopol-Johnston (encontrado numa rede social
c disse…
Simone Boué :)