Fellini Oito e Meio, de novo. Aquela nave espacial desconchavada a apontar para o céu, espécie de arca de noé para «salvar a humanidade da bomba atómica». O mago com a varinha mágica, que muda o rumo dos acontecimentos, segundo os caprichos do sonho e da imaginação. O realizador que não consegue filmar, não porque lhe faltem ideias, mas porque resiste a fazer um filme ditado por outros. O cidadão que recusa a corda que lhe atam ao pé e que o impede de andar entre as nuvens.
«A vida é uma festa» e o cineasta quer vivê-la com todos e em liberdade.
Desta vez, não consegui ver o filme sem pensar na vida depois de 10 de Março.
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