No filme de Ildikó Enyedi, O meu século XX, Thomas Edison é um personagem tristonho, abatido e deslocado. A impressão é a de que as suas ideias e invenções, causa de fama e fortuna, são uma maldição que se abateu sobre ele. Edison parece lamentar o papel que lhe coube no destino da humanidade. Quase conseguimos ouvi-lo dizer, como Bartleby, «I would prefer not to».
De certa forma, este personagem de Enyedi lembra os modernos cientistas «arrependidos» de Silicon Valley, celebridades que se fartam de publicar best sellers e dar entrevistas sobre os riscos catastróficos das redes sociais e da inteligência artificial.
De certa forma, este personagem de Enyedi lembra os modernos cientistas «arrependidos» de Silicon Valley, celebridades que se fartam de publicar best sellers e dar entrevistas sobre os riscos catastróficos das redes sociais e da inteligência artificial.
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