A maior parte das frutarias populares do Porto é território agreste. A fruta é barata, por isso os clientes (gente com pouco dinheiro, muitos imigrantes) aguentam as repreensões constantes e não se melindram com os avisos colados nas paredes. Apanho quase sempre a Sofia irritada e aos berros na caixa. Hoje de manhã, depois das brejeirices habituais, gritou a um cliente: não arranque as folhas do coração, eu não vejo, mas ouço.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
Comentários
Por aqui em Almada, as frutarias que vendem a fruta mais barata são orientais e asiáticas, ou seja, gente demasiado paciente para se irritar com os clientes...