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Nós não sabemos, nós somos uns bichos.



Ontem, ao ouvir os diálogos de Mudar de Vida com mais atenção (principalmente as conversas em surdina entre Adelino e Júlia/Albertina), consegui perceber o minucioso trabalho de António Reis na construção das frases. (Nada em excesso, nada que falte.) As palavras do filme foram submetidas a um rigor extremo. No fim, cada uma conquistou o direito a ser dita e juntas transformaram-se numa força colectiva — como as flores silvestres que nascem pelo campo em abril. O mesmo milagre. 

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