Tudo isto, para nos dizer, como ninguém o dissera antes, que Deus, o deus da nossa alma e da nossa cultura milenarmente cristãs, estava morto e, com ele, as crenças, os valores, as ilusões, a moral, a política de que era a suprema e materna sigla. Mas o que [Fernando] Pessoa compreendeu, antecipando-se a deduções futuras e óbvias, foi que essa morte de Deus era, ao mesmo tempo, como ensinava entre equívocos, Frederico Nietzsche, morte do homem.
Eduardo Lourenço, Fernando, Rei da nossa Baviera.
Eduardo Lourenço, Fernando, Rei da nossa Baviera.
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